sexta-feira, 4 de junho de 2010

Doux Poème.







Hoje sou estrangeira de mim.
Já notei que testando meus limites
consigo ir ainda mais longe,
que agora o que tem inundado 
continuamente a minha alma 
além desse estado de graça que é amar,
é essa poesia viva,
presente em cada pedaço meu
que escorre em cada poro.
Eu contorno os rabiscos,vou costurando poemas,
bordando-os em mim conforme a cor dos meus dias.
Me encaixo na calma que a alma possui,
apesar de minhas ambiguidades,
permaneço debruçada por entre as janelas da alma
inclinada a favor do vento.
Vou fitando a vida com os olhos presos no acaso,
sentindo o infinito na ponta dos pés.

Sensação rasgada.





Vem!
Que o teu olhar é remédio preciso e forte 
pra curar ausências,pra me fazer transcender.
O 'exposto' é o que menos incomoda,
porque a verdade dos olhos 
são os detalhes que leio.
Essa verdade sem códigos...
que me desnuda por inteiro.
Teu olhar deixa minhas trilhas expostas,
me traduz, e meu peito vira território aberto.
Sou a tua página em branco, rabisca em mim?

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Mon petit amour.







Me ama enquanto ouço a música que vem do seu sorriso?
A dor some devagar , é tudo tão rapido. 
O mundo gira e eu continuo ali, 
parada, esperando por mim mesma.
Ninguém vê, niguem sente mais nada. 
Está tudo embaçado, uma nuvem,uma ponte, 
e eu estou logo ali,na sua, na chuva, em algum lugar. 
É impossivel não se deixar levar. 
As pernas já não aguentam mais. 
O sangue flui em minhas veias, minha sensibilidade aumenta.
E você cada vez mais perto, 
e o seu sorriso permanece enquanto a musica aumenta. 
Mas eu não quero fugir amor, não, não mais. 
Tudo vai virar poesia, eu sei...
E onde está o fim? 
Talvez ali,tão perto de nós que nem se deixe perceber.
Num dia alheio como aquele em que o acaso me trouxe o 'nós',
desde então meus repentes só tendem 
a seguir o ritmo que a sua música possui,
que a sua estadia traz ,como se imitasse um espírito cansado,
na ferida que o amor acaba por fazer,de um corpo por sarar.
E nessa estrada  chamada 'Sentir' seguimos descalços assim,
acompanhando um ritmo suave,rente à passagem das horas.
Nessa dança eu me rendo,ao comprido dos seus lábios
com os olhos rasos,ao comprido da vida.

domingo, 8 de novembro de 2009

Teve cordialidade no café.




''Amar não é aceitar tudo.

Aliás,onde tudo é aceito
Descofio que há falta de amor
'' (Maiakovski)


Tudo certinho pela manhã
Acordou já com as letras batendo à porta
de sua 'cachola problema'.

Sentiu um silêncio amplo na poltrona azulada
Fazendo sala para seus fantasmas
a menina brinca de ser ausente
Queria dar uma de Cora e inventar 'estórias',

E não esperar para vivê-las á mil

Isto 'já - mais'*